O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), declarou na noite desta quinta-feira que "tudo foi feito" para atender às exigências do Supremo Tribunal Federal (STF) relacionadas à transparência das emendas. No início da semana, o STF determinou o bloqueio de R$ 4,2 bilhões em repasses.
PRONUNCIAMENTO À IMPRENSA
Durante um pronunciamento à imprensa, sem responder a perguntas, Lira afirmou que novos esclarecimentos serão apresentados ao ministro Flávio Dino na sexta-feira. Segundo Lira, as emendas em questão, que deveriam ser aprovadas por comissões temáticas da Casa, seguiram critério rigoroso.
ENVIOU UM RECADO
Lira ainda enviou um recado ao dizer que era preciso esclarecer "ilações" feitas às emendas de comissão. Também fez questão de dizer que em todas as votações importantes "sempre houve decisão da presidência para se suspender todas as comissões e todas as audiências públicas para que o plenário de segunda a sexta debatesse os temas principais".
BLOQUEIO DAS EMENDAS
Aliados de Arthur Lira afirmam que a Câmara deve responder aos questionamentos do ministro Flávio Dino sobre o bloqueio das emendas até segunda-feira. Técnicos da Casa apontam que o prazo oficial termina no domingo, mas pode ser estendido ao início da próxima semana, devido a divergências sobre o vencimento.
Os técnicos da Câmara devem contestar os argumentos do PSOL e do Novo que motivaram o bloqueio das emendas, planejando divulgar atas das emendas de comissão solicitadas ao governo por 17 líderes na semana passada. Nesta quinta-feira, Arthur Lira reuniu-se com o presidente Lula, que, em seguida, discutiu o tema com Alexandre Padilha e José Guimarães.