O empresário Tony Garcia utilizou as redes sociais para expressar sua crítica contundente à declaração do senador e ex-juiz, Sérgio Moro (União-PR), atualmente sob suspeita, de que possui uma "bala de prata" para proteger seu mandato de uma possível cassação iminente. O delator, que foi previamente contratado por Moro como um colaborador na Operação Lava Jato, alega que essa afirmação não passa de chantagem, semelhante ao que ele alega ter ocorrido durante o tempo em que o senador atuou na chamada 'Guantánamo de Curitiba'.
Por meio de uma postagem no “X” (antigo Twitter), Garcia recordou a denúncia que fez à TV 247, envolvendo desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), e afirmou ter auxiliado Moro a obter gravações comprometedoras desses magistrados com profissionais do sexo. Ele destacou que, em sua visão, os métodos empregados pelo ex-juiz "sempre tiveram como matéria-prima a chantagem".
É importante mencionar que Moro enfrentará um julgamento perante o plenário do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) no próximo dia 27 de novembro, em uma sessão presencial. As ações judiciais, movidas pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e pelo Partido Liberal (PL), alegam suspeitas de caixa dois e abuso de poder econômico nas eleições de 2022. Se Moro for cassado, isso acarretará a realização de uma eleição suplementar para o Senado, com a data a ser definida pelo próprio TRE-PR.
“Prisão de Moro é questão de tempo”
Aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o deputado federal André Janones, do Avante-MG, utilizou sua conta no “X” para comentar os áudios vazados de uma conversa entre Tony Garcia e o senador, quando ainda era juiz. O deputado, que já teve uma série de embates com o ex-ministro da Justiça, sinalizou que a prisão de Sérgio Moro é apenas uma questão de tempo.
A troca de ofensas entre Janones e Moro teve início em junho, quando o advogado e adversário de Moro, Rodrigo Tacla Duran, publicou um vídeo de 2018 no qual é possível ouvir a frase "sua hora vai chegar". Moro compartilhou o mesmo vídeo, mas com um áudio diferente. Janones comentou na publicação, afirmando que a imagem original pertencia a Tacla Duran.
Janones chamou Moro de "assistente de palco" de Bolsonaro e o confrontou com uma série de acusações, incluindo interferência na Polícia Federal (PF), uso indevido de dinheiro partidário, envolvimento com pessoas investigadas por tráfico de drogas e vazamento de conversas interceptadas, além de manipulação do processo eleitoral. O deputado destacou a importância de Moro olhar para si mesmo antes de se referir a ele como um "parlamentar folclórico".
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