Entenda a mudança de chave na postura de Lula para aumentar a aprovação do governo

A desaprovação também diminuiu, passando de 47% para 43%, ampliando a diferença entre aprovação e desaprovação para 11 pontos percentuais

Presidente Lula em comício na capital paulista | Ricardo Stuckert

Uma pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (10), revela o aumento da popularidade do presidente Lula (PT). Realizada entre os dias 5 e 8 de julho, a pesquisa mostrou que 54% dos notificados aprovaram o trabalho do presidente, um crescimento em relação aos 50% registrados em maio, marcando o melhor resultado deste ano. A desaprovação também diminuiu, passando de 47% para 43%, ampliando a diferença entre aprovação e desaprovação para 11 pontos percentuais, oito a mais que na rodada anterior.

Presidente Lula discursando - Foto: Reprodução

Motores da recuperação

Alguns segmentos foram decisivos para a recuperação do presidente. A aprovação ao trabalho de Lula passou de 62% para 69% entre aqueles que ganham até dois salários mínimos e de 50% para 56% entre pessoas de 35 a 59 anos. A avaliação positiva também cresceu entre os consultados com ensino fundamental, aumentando de 60% para 65%. Regionalmente, o Sudeste se destacou, com a aprovação subindo de 42% para 48%, enquanto a desaprovação caiu de 55% para 48%. No Sul, porém, a aprovação de Lula caiu de 47% para 43%, e a reprovação aumentou de 52% para 54%, apesar das medidas anunciadas para ajudar na recuperação do Rio Grande do Sul.

Retórica de palanque

De acordo com a pesquisa, apenas 34% dos relatórios estavam cientes das críticas de Lula à política de juros do Banco Central. Desses, 66% concordam com o presidente, e 87% acreditam que os juros no país são muito altos. Lula insistiu nessa retórica após levantamentos da Secretaria de Comunicação Social da Presidência detectarem apoio do eleitorado à ofensiva sobre a autoridade monetária. Esse discurso foi moderado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que alertou sobre os impactos negativos de um dólar em alta nos preços de combustíveis e alimentos, levou o presidente a moderar suas críticas e contribuir para a estabilização do dólar.

Presidente Lula passando orientações ao ministro Fernando Haddad - Foto: Reprodução

Apoio popular em suas falas

O levantamento também mostrou que o cenário econômico, embora ainda seja a maior preocupação da população brasileira, está deixando de ser a única prioridade. Segurança e questões sociais estão sendo destacadas, apontadas por 19% e 18% dos entrevistados, respectivamente. Uma parcela significativa dos participantes (41%) disse ter tido contato com entrevistas de Lula em emissoras de rádio, e a maioria mostrou concordância com suas falas. Por exemplo, 90% concordam que o salário mínimo deve subir acima da inflação, e 66% apoiam as críticas do presidente à política de juros do BC.

Para mais informações, acesse meionews.com

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