A proposta de emenda à Constituição (PEC) que restringe o foro privilegiado, paralisada desde 2018 na Câmara, ganhou destaque novamente no Congresso, revelando um movimento oposto ao que a havia engavetado no passado. Parlamentares que antes preferiam ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) agora defendem instâncias inferiores, como uma maneira de garantir uma defesa mais eficaz em meio a investigações.
Críticas à atuação de membros da Corte, especialmente do ministro Alexandre de Moraes, reforçam a visão de que o julgamento em instâncias inferiores poderia oferecer mais margem para a defesa dos investigados. Essa mudança de perspectiva é impulsionada pelo incômodo com a possibilidade de ampliação do foro privilegiado, que poderia impactar investigações envolvendo figuras como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A PEC em discussão restringe o foro privilegiado apenas para presidentes dos Poderes, o que potencialmente afetaria um grande número de autoridades. No entanto, há resistências significativas na Câmara, especialmente entre parlamentares do Centrão, que temem que a mudança os deixe à mercê de decisões influenciadas pela política local.
Especialistas sugerem uma abordagem mista para o foro privilegiado, permitindo que a instrução processual ocorra na primeira instância, mas mantendo as decisões que podem afetar o mandato dos parlamentares nos tribunais competentes. Essa proposta visa garantir celeridade no processo sem comprometer a defesa dos investigados.
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