Equador liberta todos os agentes penitenciários que foram feitos reféns

País vive uma crise de segurança após a fuga do chefe da maior quadrilha criminosa de um presídio

Equador liberta todos os agentes penitenciários que foram feitos reféns | Foto: Ralph Zapata/Reuters
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

Na noite deste sábado (13), todos os funcionários carcerários anteriormente feitos reféns por detentos no Equador foram libertados, conforme anunciado pela autoridade responsável pela administração das prisões no país (Snai). A crise de segurança se intensificou após a fuga do líder da maior quadrilha criminosa de um presídio equatoriano. Mais de 170 pessoas, incluindo agentes penitenciários e membros da equipe administrativa, foram mantidas como reféns, conforme balanços gradualmente divulgados pela Snai.

Os funcionários libertados foram encaminhados para avaliação médica, e a Snai anunciou que iniciará investigações para apurar as causas e identificar os responsáveis pelos eventos nas prisões. A libertação dos reféns foi possível graças à implementação de protocolos de segurança e à colaboração conjunta com a Polícia Nacional e as Forças Armadas, conforme destacado na nota divulgada pelo órgão.

CRISE DE SEGURANÇA

As organizações vinculadas ao narcotráfico estão no cerne da crise de segurança que o Equador enfrenta. A situação atingiu novos patamares na última terça-feira (9), quando homens armados com revólveres e bombas invadiram uma emissora de TV. Em meio a esses ataques, um cidadão brasileiro foi sequestrado, juntamente com sete policiais. Além disso, ocorreram explosões na província de Esmeraldas, levando o Ministério da Educação a suspender as aulas presenciais em todo o país.

A crise no Equador teve início com motins em prisões e faz parte de uma onda de violência que assola o país desde agosto de 2023. A eleição presidencial, inicialmente programada para 2025, foi antecipada para aquele ano após a dissolução da Assembleia Nacional. Em agosto, às vésperas da votação, Fernando Villavicencio, um dos candidatos à presidência, foi assassinado a tiros durante o dia, após sair de um comício.

Agora, após a fuga de José Adolfo Macías Villamar, conhecido como "Fito", líder de uma facção criminosa, da prisão no último domingo (7), o governo equatoriano decretou estado de exceção. No sábado (13), as autoridades equatorianas intensificaram as operações de busca e patrulhamento em Guayaquil. Diante da escalada da violência armada na região, a Colômbia também reforçou a segurança na fronteira, investigando suspeitas de que "Fito" tenha ingressado em território colombiano após a fuga no início da semana.

Carregue mais
Veja Também
Tópicos
SEÇÕES