Para combater o crime organizado, que segue em expansão nas mais distintas regiões, os governadores criarão a Força Nordeste de Segurança, pautando uma resposta unificada e efetiva à violência. A ideia, de acordo com o governador Wellington Dias (PT), era que o projeto fosse nacional, porém, não houve um movimento favorável pela União.
Assim, a iniciativa vai além da central única de inteligência, a criação será tratada nas próximas semanas dentro do Consórcio Nordeste, que é presidido pelo líder piauiense. “Agora a ideia é de um trabalho mais avançado a criação de uma Força de Segurança do Nordeste, com um plano Nordeste, trabalhar de forma unificada, e acreditamos nisto fortemente, aqui temos um objetivo que é caminhar no que dá certo no planeta, aqui pegamos uma modelagem do Canadá, tratar a violência como uma doença e a partir daí tem a prevenção, e a atenção básica, a média e alta e ao mesmo tempo, que é uma das propostas mais ousadas”, disse.
O trabalho versa para a formação de um cinturão de segurança, que englobe integração de recursos humanos e tecnologia para que armas e drogas não entrem nos entes da região. “No mínimo 60% dos crimes estão vinculados ao mundo das drogas, a ideia é que tenhamos um plano para a definição de um cinturão de segurança com todos os Estados, garantir que tenha condições tanto com a presença de recursos humanos, como de recursos tecnológicos para que tenhamos o objetivo da não entrada de armas e drogas no Nordeste”, complementou.
Wellington Dias ainda lembrou o momento excepcional que o país vive com a pandemia do novo coronavírus, que refletiu ainda na segurança pública, tendo em vista a decisão do Judiciário em torno da flexibilização da liberação de presos, não só no Piauí, mas no país inteiro.
“Temos um momento desafiador porque na área da segurança tivemos uma decisão do Judiciário de ter uma flexibilização na saída de diversos presos, estamos dialogando com o desembargador Sebastião Martins, a Câmara Criminal, o Dr Vidal para que possamos ter um cuidado especial em relação às decisões por conta de que o Piauí a exemplo de outros Estados tem a presença do crime organizado e há a necessidade de todo o cuidado, sobre isso já antecipo que coube ao Piauí tratar de ser o Estado âncora da segurança, vamos ter as PPPs, Piauí Conectado, Miniusinas, a ideia é cada estado ancorar voltado a duas ações que podem ser experimentadas noutros Estados, certamente a nossa equipe vão estar na linha de frente junto com as equipes de segurança dos nove Estados, a ideia é na criação da Inteligência nordeste, a partir de uma central de inteligência com os nove entes juntos passamos a ter uma base em cada Estado”, finalizou.