Estados fizeram sua parte para conter aumento de combustível, diz Dias

Wellington Dias diz que todos os problemas foram colocados para os governadores.

Wellington Dias | Divulgação
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O ex-governador e pré-candidato ao Senado, Wellington Dias, disse nesta sexta-feira, 10, em entrevista ao Jornal do Partido dos Trabalhadores, que o atual presidente ainda em campanha eleitoral denominou o ministro Paulo Guedes como Posto Ipiranga. O problema, segundo Dias, é que Paulo Guedes foi enfraquecido e o fato demonstrou não ser possível governar um País complexo e com a dimensão do Brasil com uma pessoa só.

"Agora, no sentido inverso, os governadores viraram o Posto Ipiranga do Governo, na medida em que todos os problemas são colocados como culpa de governadores e prefeitos", disse.

Wellington Dias lembrou ainda que na primeira greve dos caminhoneiros, foi retirada a CIDE dos Combustíveis (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico relativa às atividades de importação e comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível), e o preço dos combustíveis não parou de aumentar.

ICMS congelado

Na entrevista, Wellington Dias comenta que os governadores congelaram o ICMS desde novembro do ano passado, o estado arrecada o mesmo valor por litro de gasolina. No Piauí, o ICMS é cobrado sobre o valor de R$ 6,49. Desta forma, os estados estão contribuindo muito com a cobrança sobre o preço congelado, deixando toda a diferença como margem de lucro às empresas do setor, principalmente para a Petrobras.

Wellington Dias diz que os estados fizeram sua parte para conter aumento (Divulgação)

Segundo Dias, o problema dos constantes aumentos não é ICMS e CIDE. O ex-governador demonstrou o lucro da Petrobras de R$ 44 bilhões de janeiro a março deste ano e ressaltou que esse lucro foi arrancado do bolso de quem abastece a sua moto, o veículo, o trator que trabalha na agricultura familiar. 

O ex-governador destacou a necessidade de discutir e fazer a reforma tributária. "Nossa proposta é reduzir a tributação sobre o consumo da energia, do remédio, da alimentação e de um conjunto de serviços importantes para população. Para Dias, quem está ganhando com o lucro exorbitante da Petrobras é a União.

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