O General Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército durante o governo Bolsonaro, prestou depoimento à Polícia Federal, em Brasília, por mais de quatro horas, nesta sexta-feira, 1º. O General foi chamado para esclarecer sua participação em uma investigação sobre um possível golpe de Estado planejado após a eleição de Lula em 2022.
O que aconteceu
Fontes militares afirmaram que a PF comunicou o Comando do Exército sobre o depoimento como cortesia, e a data foi confirmada após conversas entre o general e os investigadores, visto que ele estava na Espanha visitando familiares.
Qual a versão?
Antes de prestar depoimento, Freire Gomes conversou com outros generais e afirmou que apresentaria sua versão dos fatos aos agentes da PF. Ele pretendia explicar que a manutenção dos acampamentos pró-golpe em frente aos quartéis era uma ordem do ex-presidente e que ele agiu de forma discreta contra os planos antidemocráticos discutidos no Palácio da Alvorada.
Freire Gomes, que estava na Espanha, retornou para depor. Fontes sugerem que ele possa testemunhar sobre sua oposição silenciosa aos planos antidemocráticos e sua atuação contra acampamentos golpistas. Seu depoimento é aguardado com expectativa, embora haja incertezas sobre a interpretação da PF.
Freire Gomes também foi mencionado em uma reunião no Palácio da Alvorada, onde Bolsonaro teria apresentado um suposto decreto golpista. Sua conduta durante a crise e o luto pela morte de sua mãe, em 2022, são pontos em destaque. Freire Gomes deixou o cargo antes da posse de Lula, mas sua posição contra o golpe já era conhecida.