Ex-presidentes buscam diálogo com generais sobre risco de ruptura

A resposta ouvida de generais da reserva e da ativa é a garantia das eleições e que quem vencer tomará posse

Ex-presidentes buscam diálogo com Forças Armadas | Ricardo Stuckert
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Todo o momento tenso por que vive o país principalmente em razão dos ataques do presidente Jair Bolsonaro à democracia levaram cinco expresidentes da República a procurar contatos com militares para saber a disposição dos quartéis.

A resposta ouvida de generais da reserva e da ativa é a garantia das eleições e que quem vencer tomará posse.

Os generais chegaram a ser questionados pelas muitas aparições de Bolsonaro em solenidades militares, em formaturas de cadetes e sargentos.

Ex-presidente Lula é um dos que buscou as forças armadas/Ricardo Sturckert

Presença em eventos

Eles responderam aos seus interlocutores que não podem impedir a presença do presidente nos eventos. No entanto ela não será suficiente para romper a hierarquia. E afastam qualquer hipótese de Bolsonaro contar com insubordinação nas Forças.

Os ex-presidentes que se mobilizaram para contatar os militares são Michel Temer, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, José Sarney e Fernando Collor.

 Peças-chave nessa articulação

Todos receberam as mesmas informações de seus contatos. Peças-chave nessa articulação são os ex-ministros da Defesa, Nelson Jobim, Raul Jungmann e Aldo Rebelo.

 Também participa desse movimento o professor de filosofia Denis Lerrer Rosenfield, que é amigo de Temer e mantém boas relações com generais, como o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Sérgio Etchegoyen e com o vice-presidente Hamilton Mourão. Pelo menos seis generais da ativa e da reserva forneceram os relatos sobre a situação do Exército.

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