Ex-secretário que ‘pediu chacina de presos’ é alvo de processo

No mesmo dia da declaração dele, 31 presos haviam sido mortos.

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A Comissão de Ética Pública da Presidência decidiu nesta segunda-feira (30) abrir um processo para apurar a conduta do ex-secretário nacional da Juventude Bruno Júlio (PMDB-MG) - leia detalhes sobre a decisão mais abaixo.

Bruno Júlio não foi localizado pela reportagem. Procurada pelo, a assessoria do político mineiro Cabo Júlio, pai do ex-secretário, informou que o Bruno Júlio não tem interesse em se posicionar.

No início deste mês, em meio à crise no sistema carcerário do país, com rebeliões e massacres em diversos complexos penitenciários, Bruno Júlio se disse "meio coxinha" e defendeu à coluna do jornalista Ilimar Franco, de 'O Globo', que "tinha era que matar mais" e "tinha que fazer uma chacina por semana" - relembre o episódio no vídeo abaixo.

No mesmo dia da declaração dele, 31 presos haviam sido mortos durante rebelião em uma penitenciária de Roraima e, alguns dias antes, outras 56 pessoas haviam morrido após motim em um presídio de Manaus (AM).

Diante da repercussão negativa em torno da declaração, Bruno Júlio pediu demissão do cargo poucas horas após a fala se tornar pública. À época, ele chegou a dizer, em mensagem publicada no Facebook, que havia se referido às mortes nos presídios "como cidadão, em caráter pessoal".

"Está havendo uma valorização muito grande da morte de condenados, muito maior do que quando um bandido mata um pai de família que está saindo ou voltando do trabalho", escreveu Bruno Júlio, à época.

O ex-secretário é filho do Cabo Júlio, político mineiro filiado ao PMDB que disputou a Prefeitura de Belo Horizonte, mas jamais foi eleito. Bruno Júlio é investigado por agredir a mulher.

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