A atuação da ex-senadora Marina Silva (PV-AC) na discussão sobre o novo Código Florestal desencadeou um bate-boca em plenário e acusações contra o seu marido, Fábio Vaz de Lima. Já era início da madrugada de ontem quando o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), relator do projeto, reagiu a uma crítica feita por Marina no microblog Twitter sobre mudanças que ele havia feito no texto final.
Procurado nesta quinta-feira (12) pela reportagem, Aldo minimizou o episódio.
- Eu recebi a informação de que Marina dissera que eu havia feito uma fraude, uma coisa que ela não escreveu. Se eu soubesse, não falaria aquilo. Eu exagerei no tom.
Ele, disse, porém, que não se arrepende do que fez.
- Não me arrependo porque não fiz uma coisa leviana.
Na discussão sobre o Código Florestal, Aldo disse que "quem fraudou contrabando de madeira foi o marido de Marina Silva, defendido por mim nesta Casa quando eu era líder do governo. Quando líder do governo, evitei o depoimento do marido de Marina".
As declarações, dadas no microfone do plenário, ocorreram minutos depois de Marina escrever na internet direto do Congresso:
- Estou no plenário da Câmara. Aldo Rebelo apresentou um novo texto, com novas pegadinhas, minutos antes da votação. Como pode ser votado?
Ontem à tarde, Marina convocou uma entrevista coletiva para responder a Aldo. A ex-senadora rotulou de "levianas e infundadas" as acusações feitas pelo deputado.
Não tenho receio dessas acusações. Elas são falsas, levianas. Não vamos permitir que se faça uma cortina de fumaça para sair do debate que interessa, que é o Código Florestal.
Para Marina, a intenção de Aldo é ?enfraquecer? o debate do Código Florestal e lembrou que, como ministra, ?combateu com tenacidade aqueles que são contrários ao cumprimento da legislação brasileira?.
- Esse tipo de atitude não vai nos intimidar.