O Exército Brasileiro acatou a ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e afasta o tenente-coronel Mauro Cid de suas funções nas Forças Armadas. Mauro Cid ficará agora agregado ao Departamento-Geral do Pessoal (DGP) sem ocupar cargo ou exercer função.
O comunicado oficial do Centro de Comunicação Social do Exército declara: "O Exército Brasileiro cumprirá a decisão judicial expedida pelo Ministro Alexandre de Moraes e o Tenente-Coronel Mauro César Barbosa Cid ficará agregado ao Departamento-Geral do Pessoal (DGP) sem ocupar cargo e exercer função."
Mauro Cid, um dos principais colaboradores do ex-presidente Jair Bolsonaro durante os quatro anos de seu governo, teve seu acordo de delação premiada com a Polícia Federal homologado por Moraes no sábado, 9. No mesmo dia, o magistrado concedeu liberdade ao militar, que estava detido há quatro meses em um batalhão do Exército em Brasília.
No entanto, Moraes impôs diversas condições, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, restrições de saída noturna e a proibição de contato com outros investigados nos casos em que é alvo, com exceção de familiares. O afastamento do Exército foi mais uma das condições estabelecidas.
A partir de agora, Mauro Cid deverá fornecer informações detalhadas e colaborar com os investigadores, contribuindo para esclarecer suspeitas relacionadas ao ex-presidente, como a suposta fraude em cartões de vacinação, a venda de joias recebidas pelo governo brasileiro e as alegações de uma conspiração para um possível golpe no país. Em troca, ele pode receber redução de pena ou até mesmo perdão em caso de condenação.