Diante das discussões envolvendo a elevação da qualidade de vida, e o planejamento do governador Wellington Dias em alavancar o Índice de Desenvolvimento Humano do Estado (IDH) para um patamar alto; o estudo 'Demanda Futura por Moradias: Demografia, Habitação e Mercado' desenvolvido pela Secretaria Nacional de Habitação, em parceria com Universidade Federal Fluminense (UFF) aponta os desafios para os Estados nos próximos 21 anos, nesse sentido, também faz uma projeção da evolução da expectativa de vida ao nascer nos entes federativos. No Piauí, o levantamento sintetiza que até 2020 a expectativa de vida dos homens deve chegar a 71,86 anos, já até 2040 esse índice deve saltar para 73,85 anos, portanto, acima da média nacional. Já entre as mulheres, a expectativa ao nascer será de 75,69 anos ao final de 2020, enquanto em 2040 o número pode chegar a 77,64 anos.
O levantamento da União sintetiza que, em média, a expectativa de vida ao nascer do piauiense deve crescer quase dois anos nas próximas décadas, um indicativo positivo e que mostra a evolução das políticas públicas no Estado. Ou seja, em 20 anos a alta na expectativa de vida local chegará a 4 anos.
O estudo esclarece, porém, que a componente migração é, uma das que traz mais dificuldades na projeção quanto à sua trajetória futura. "É mais sensível que as outras variáveis (fecundidade e mortalidade) a instabilidades econômicas, políticas, ambientais e sociais. Pode sofrer alterações e oscilações não previsíveis, de acordo com o contexto de cada área analisada. Assim, seria, no caso presente, necessário que se considerasse a dinâmica passada de cada Unidade da Federação, porém, mesmo assim, ainda permaneceria um alto grau de incerteza quanto ao futuro", indica.O conceito de migração envolve a mudança permanente de domicílio e nas projeções são considerados os movimentos estaduais. Isto é, são migrantes somente as pessoas que mudam, entre o início do quinquênio e seu final, de residência entre municípios de duas Unidades da Federação diferentes (migrantes de data fixa, quinquenais). Dessa forma, não se considera a migração de data fixa entre municípios do mesmo estado, bem como aqueles migrantes que, durante o quinquênio, saem de seu estado de residência, mas a ele retornam antes do final do período.