O PT reivindicou oficialmente o apoio do governador Wellington Dias à candidatura própria do partido se houver desunião da base aliada. Esse foi o saldo da reunião realizada na noite da última segunda-feira entre a cúpula petista e o governador. De acordo com presidente regional do partido, o deputado estadual Fábio Novo, foi comunicado ao chefe do Executivo estadual que a sigla o deixa ?livre? para decidir entre a permanência no Palácio de Karnak até o fim do mandato ou a saída em abril para disputar uma vaga no Senado.
Além de Novo, outros caciques petistas como o secretário estadual de Educação, Antônio José Medeiros, o secretário estadual e Saúde, Assis Carvalho e Marcelino Fonteles, diretor geral da Agência de Desenvolvimento Habitacional do Piauí (ADH), participaram do encontro. ?O PT não está colocando a faca na garganta do governador?, garante Novo, acrescentando que, se algum membro tiver que romper o acordo feito entre os 12 partidos que compõem a base aliada, ?não será o PT?.
O deputado frisa, no entanto, que se os critérios não forem cumpridos para a definição do nome que levantará a bandeira governista, o PT não abre mão da candidatura própria. Nesse caso, correndo o risco de seguir isolada nas eleições de outubro, a legenda precisaria do apoio do chefe do Executivo estadual. ?Se o governador fizer esse sacrifício e ficar no cargo, iremos disputar em pé de igualdade com os outros partidos, e queremos o apoio dele à sigla?, completa.
As declarações do deputado contradizem os rumores de um posicionamento impositivo da sigla, que teria levado para Dias um documento exigindo que o PT assumisse o Governo pelos próximos dez meses com a possível saída do governador. O deputado federal Marcelo Castro (PMDB), o senador João Vicente Claudino (PTB) e o vice-governador Wilson Martins (PSB) também disputam a preferência da base.
DIRETÓRIO- Fábio Novo e a secretária estadual de Administração, Regina Sousa, viajarão na quinta-feira para Brasília, onde terão um encontro com os membros do Diretório Nacional do partido. ?Ainda não conversei com o novo diretório pois eles tomaram posse recentemente?, conta. Novo admite que a sucessão estadual será o principal assunto da pauta de discussões. ?Iremos conversar sobre o posicionamento do partido nos Estados?, pontua.