Família Bolsonaro se opõe a líder do PL e considera CPI do 8/1 um 'acerto'

A simpatia dos parlamentares confronta o líder do PL que critica o apoio do partido à investigação

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) | Gabriela Biló/Estadão Conteúdo
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Apesar do indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no âmbito da CPI do 8 de Janeiro, membros de sua família consideram a comissão como um "acerto". No entanto, essa visão não é compartilhada pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que critica o apoio do partido à investigação.

A perspectiva positiva dos integrantes do círculo Bolsonaro se baseia na crença de que a CPI teve um papel relevante ao pressionar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para a libertação de alguns detidos nos eventos golpistas. Além disso, a família do ex-presidente insinua que a comissão trouxe à tona supostas omissões de indivíduos ligados ao governo federal na contenção dos ataques.

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Essa avaliação contrasta com a visão de Costa Neto, que tentou dissuadir os apoiadores bolsonaristas de respaldarem a CPI. Em sua análise, criar uma CPI sem maioria, relator e presidência foi um erro.

O cenário revela divergências significativas nas percepções políticas em relação à CPI do 8 de Janeiro no Brasil.

Relatório final da CPI dos Atos Golpistas

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPI dos Atos Golpistas do 8 de janeiro, apresentou seu relatório final pedindo o indiciamento de 60 pessoas, entre civis e militares. O ex-presidente e membros de seu círculo apoiador estão entre os listados. O documento, protocolado no sistema do Senado, foi lido na manhã da terça-feira (17) e aprovado na quarta-feira (18).

O relatório propõe indiciamentos por 26 delitos diferentes, destacando crimes relacionados à tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e depor governo legítimo. Ambos foram atribuídos a 46 pessoas no total.

Entre os indiciados estão Jair Bolsonaro, Braga Netto, Anderson Torres, Augusto Heleno, Luiz Eduardo Ramos, Paulo Sérgio Nogueira, Almir Garnier Santos, Marco Antônio Freire Gomes e outros. O parecer sugere que o Exército foi omisso diante de movimentos golpistas, levando aos ataques de 8 de janeiro.

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