A família Bolsonaro enfrentou uma série de contratempos impostos por instituições federais na última semana. Por um lado, o Banco do Brasil (BB) encerrou as contas mantidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), nos Estados Unidos. Por outro lado, a Polícia Federal (PF) negou o pedido de renovação da autorização de porte de arma de fogo de Carlos. Além disso, a PF colheu o depoimento do senador Marcos do Val (Podemos-PR), que apresentou uma versão diferente da relatada por Bolsonaro sobre um plano para gravar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O encerramento da conta do ex-presidente nos EUA foi tomado pelo BB sob a justificativa de questões relacionadas à conformidade com as regras e procedimentos para proteger a instituição de irregularidades. Ao mesmo tempo, Carlos também teve sua conta encerrada sem aviso prévio ou explicações claras.
A PF negou o pedido de renovação do porte de arma de fogo do vereador, alegando que ele não foi capaz de comprovar a "efetiva necessidade" para a autorização. Carlos argumentou que sua integridade física estaria ameaçada, mas a corporação não considerou suficientes as evidências apresentadas.
O filho do ex-mandatário criticou publicamente a negativa da PF e associou a decisão a um roteiro "orquestrado", surgindo em um momento de aumento de "constantes ameaças" à integridade física da família Bolsonaro. Ele mencionou a facada sofrida por seu pai durante a campanha de 2018.
Além disso, o depoimento de Do Val contradiz a versão de Bolsonaro sobre a reunião que tiveram com o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ). O senador reiterou que o trio conversou sobre um plano para gravar o ministro do STF, enquanto Bolsonaro negou que esse assunto tenha sido tratado.
8 de janeiro
Em outra frente, a PF avança no processo que pode levar à expulsão do ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, delegado Anderson Torres, da corporação. Um procedimento administrativo disciplinar aponta duas "transgressões disciplinares" que Torres pode ter cometido: desídia e omissão em evitar a destruição do patrimônio nos atos golpistas de 8 de janeiro, quando ele era secretário de Segurança do Distrito Federal.
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