Família de Cabral se diz sem dinheiro e advogados desistem de causa

Sérgio Cabral foi preso em desdobramento da Lava Jato

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O escritório dos advogados que defendiam o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral em Curitiba se retirou do processo, que é um desdobramento da Operação Lava Jato. Nesta sexta-feira (27), o advogado Beno Brandão afirmou que a família disse que não teria condições de honrar com os honorários advocatícios.

Sérgio Cabral foi preso no dia 17 de novembro de 2016, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Calicute, que apura fraudes em licitações do governo fluminense. Segundo as investigações, o grupo liderado pelo ex-governador recebeu propinas de diversas empreiteiras.

“A gente pega a procuração do cliente, damos aquele atendimento emergencial e daí vamos ver: ‘olha, esta causa vale tanto’. Apresentamos um valor para a família, a família demorou um tempo para nos dizer e, ao final, disse: ‘nós não temos, a família não está dispondo de valores”, explicou o advogado ao G1. 

Na quinta-feira (25), Cabral foi alvo da Operação Eficiência, que investiga crimes de lavagem de dinheiro, que consistem na ocultação no exterior de aproximadamente US$ 100 milhões (cerca de R$ 340 milhões).

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o empresário Eike Batista, que é considerado foragido - pagou US$ 16,5 milhões em propina para uma organização criminosa chefiada pelo ex-governador. Outros oito suspeitos, incluindo Cabral, tiveram a prisão decretada.

De acordo com Beno Brandão, o escritório dele foi procurado em dezembro de 2016, quando Cabral foi transferido do complexo penitenciário de Bangu, no Rio de Janeiro, para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

Atualmente, Cabral está detido em Bangu 8. Ainda conforme Beno, ficou acordado que a família pagaria as despesas que foram realizadas até o momento.

“A família não teria condições de honrar. Não levamos calote”, acrescentou o advogado.

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