O líder cubano Fidel Castro afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deveria sentir vergonha por seu governo ter incluído Cuba na lista de países terroristas. "Um homem cujo talento ninguém nega, tem que se sentir envergonhado desse culto às mentiras do império", disse em um novo artigo da série "Reflexões" intitulado "Cuba, País Terrorista?".
No dia 30 de abril, o Departamento de Estado divulgou o primeiro relatório sobre o tema realizado sob a direção de Hillary Clinton e uma lista de países terroristas na qual mantém Cuba junto à Síria, Irã e Sudão.
"Comprometidos como estão com seus próprios crimes e mentiras, talvez o próprio Obama não podia se desfazer desse enredo", afirmou o ex-presidente de 82 anos. Fidel se refere à resposta expressada no mesmo dia 30 pelo chanceler cubano, Bruno Rodríguez, quem rejeitou a inclusão da ilha na lista e ressaltou que os Estados Unidos não tinham "autoridade moral" para certificar condutas porque são "delinquentes internacionais".
"Se o Departamento de Estado deseja discutir com Bruno, existem suficientes elementos de julgamento para sepultá-lo com suas próprias mentiras", garantiu o chefe da revolução, que não aparece em público desde julho de 2006.
"Cinquenta anos de terrorismo contra nossa pátria saem à luz em um instante", acrescentou Castro, assinalando que "seria interminável a lista de atividades repugnantes que poderia enumerar". Entre elas, cita a explosão de um avião civil da empresa Cubana de Aviación em 1976 com a "participação dos Estados Unidos nos fatos"; "a campanha de terror" antes e depois do episódio da Baía dos Porcos; as "centenas de planos frustrados de atentados contra a vida de dirigentes cubanos" e a "introdução de vírus como o da dengue hemorrágica" na ilha.