Filha de pastor do caso MEC recebeu R$ 3,9 mil em auxílio emergencial

O marido de Victoria, Helder Diego da Silva Bartolomeu, também recebeu R$ 4.150.

Filha de pastor do caso MEC recebeu R$ 3,9 mil em auxílio emergencial | reprodução
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Victoria Camacy Amorim Correia Bartolomeu, filha do pastor Arilton Moura, apontado como um dos líderes do gabinete paralelo no MEC (Ministério da Educação) e preso na operação que investiga supostos desvios de verba do ministério, recebeu R$ 3.900 do benefício do Auxílio Emergencial. O marido de Victoria, Helder Diego da Silva Bartolomeu, também recebeu R$ 4.150.

Victoria seria a mulher que a defesa de Milton Ribeiro afirmou que comprou, em fevereiro deste ano, por R$ 32 mil, um carro avaliado em R$ 50 mil. O dinheiro estava depositado na conta de Myriam Ribeiro, esposa do ex-ministro. O valor é menos que o estimado pela tabela Fipe, principal referência para negociação de veículos usados.

Filha de pastor do caso MEC recebeu R$ 3,9 mil em auxílio emergencial 

Os dados constam no Portal da Transparência e foram verificados pela reportagem. De acordo com a plataforma do governo, de maio a dezembro de 2020, Victoria recebeu cinco parcelas de R$ 600 e três parcelas de R$ 300.

Já o marido da filha do pastor Arilton, Helder Diego da Silva Bartolomeu, também recebeu R$ 4.150 do benefício governamental, segundo o Portal da Transparência. 

No caso de Helder, ele recebeu cinco parcelas de R$ 600 e três de R$ 300 entre maio de dezembro de 2020. A plataforma ainda aponta que o homem teria recebido R$ 250 em abril deste ano. Se somados, o casal recebeu R$ 8.050 do benefício governamental.

Segundo a plataforma, o benefício de ambos foi obtido sem que o casal estivesse inscrito no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais), o que significa que ambos não recebiam benefícios do governo federal anteriormente. 

Victoria e Helder se cadastraram pelo município de Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém. De acordo com o colunista Igor Gadelha, do site Metrópoles, o casal se mudou para Goiânia, onde vivem ao menos desde 2021. 

Nas redes sociais, Victoria se define como "microempreendedora". Ela tem uma loja online que produz bonecas, laços e acessórios para crianças. A conta do ateliê de Victoria no Instagram contava com 486 seguidores até o fim da tarde desta segunda-feira.

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