Na mira da Polícia Federal em inquérito que apura o desvio de dinheiro público de emendas parlamentares, o deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA) registrou um crescimento patrimonial que superou a sua ascensão na política.
Em 2008, quando tentou a reeleição a prefeito de Maranhãozinho, no Maranhão, Josimar declarou que os seus bens somavam R$ 463,9 mil. Dez anos depois, quando concorreu ao cargo de deputado federal, o patrimônio informado foi de R$ 14,5 milhões. Ou seja, uma alta de 1.652%, em valores já corrigidos no período.
Nas prestações de conta à Justiça Eleitoral, Maranhãozinho tem como costume declarar dinheiro vivo. Em 2014, quando disputou uma vaga de deputado estadual, informou ter R$ 100 mil em espécie. Em 2018, esse valor passou para R$ 1,4 milhão — além de dez consórcios que somavam R$ 254.728.
Gravação em escritório
Imagens gravadas pela Polícia Federal flagraram o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL-MA) carregando caixas com maços de dinheiro em seu escritório, em São Luís (MA), que seriam provenientes de desvios de emendas parlamentares.
A ação foi realizada com autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, em outubro do ano passado, e fez parte da Operação Descalabro
O vídeo mostra o parlamentar contando que Valdemar cumpriu um acordo e deu R$ 9 milhões durante as eleições municipais de 2020. "Valdemar", segundos os investigadores, seria Valdemar Costa Neto, presidente do PL.