Diante da confirmação dos primeiros casos de Covid com a variante indiana, o governador do Maranhão Flávio Dino (PC do B), disse em entrevista ao canal CNN Brasil na noite deste sábado (22) que sem controle sanitário nos portos e aeroportos , é 'questão de tempo' para que a cepa circule pelo país.
Na ocasião, Dino detalhou todo o monitoramento que tem sido feito no Maranhão para evitar que a cepa se espalhe, mas lamentou a falta da mesma preocupação em âmbito nacional.
"O Brasil é muito grande e não tem controle sanitário em aeroportos e portos. Por isso, acredito que, lamentavelmente, é questão de tempo para que a chamada cepa indiana também esteja circulando no Brasil", afirmou.
Para o governador, é essencial que as barreiras sejam implementadas pela Anvisa nos portos e aeroportos imediatamente. Para ele, é uma questão urgente. "Não há dúvida de que uma medida rigorosamente imprescindível e urgente são as barreiras em aeroportos e portos por parte da Anvisa", disse.
"Todos os estados estão prontos a colaborar se houver a autorização. No Maranhão, não precisa nem a Anvisa fazer, só autorizar que nós fazemos, porque consideramos altamente necessário".
CONTROLE NO MARANHÃO - Dino detalhou o que vem sendo feito em solo maranhense para impedir a transmissão local. A cepa indiana é considerada de 'alerta' pela Organização Mundial da Saúde.
"Nós adotamos as providências que nos cabiam no que se refere ao controle sanitário no hospital, ou seja, a testagem e todas as recomendações para toda a equipe que teve contato com o paciente internado. Notificamos a empresa armadora do navio e a Vale, proprietária do porto, para que não haja a atracação do navio até que haja a liberação sanitária", frisou.
MINISTÉRIO DA SAÚDE ANUNCIA MEDIDAS
Com a preocupação diante da nova cepa, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga apontou que o Governo vai implementar barreiras sanitárias em aeroportos, rodoviárias e rodovias para conter a entrada da variante indiana da Covid-19.
Além disso, serão enviados 600 mil testes rápidos para o Maranhão, no sentido de acompanhar uma possível disseminação da variante indiana.
"Qualquer passageiro que tiver teste rápido positivo fará RT-PCR com a pesquisa também genômica no intuito de detectarmos a possibilidade da variante indiana. Estamos atentos também a possíveis casos que podem surgir em outros estados, e a conduta será a mesma", comentou.
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