Os partidos políticos classificados como conservadores ou de direita devem ser alocados mais do que o dobro dos recursos do Fundo Eleitoral destinados às eleições municipais de 2024, em contraste com os fundos designados para aqueles que se autodenominam como de esquerda.
Com isso, os grandes beneficiados com o aumento previsto são o PL (Partido Liberal), do ex-presidente Jair Bolsonaro e o PT (Partido dos Trabalhadores), do presidente Lula.
A estimativa é de que o montante total do Fundo Eleitoral atinja uma marca recorde de R$ 4,9 bilhões. Os partidos de orientação política de direita estão previstos para receber cerca de R$ 2,4 bilhões, ao passo que os partidos de centro e de esquerda devem receber, respectivamente, R$ 1,3 bilhão e R$ 1 bilhão.
Os montantes foram revelados por meio da análise da consultoria Action Relgov, fundamentada no valor aprovado na Lei Orçamentária Anual (LOA). Em 2020, a quantia destinada foi significativamente inferior, totalizando R$ 2 bilhões, o que representa menos da metade do montante estipulado para 2024.
Apesar do Fundo Eleitoral ter praticamente dobrado em quatro anos, três partidos receberão menos recursos em 2024 do que receberam em 2020.
Essa redução é resultado da eleição de menos deputados federais por esses partidos nas últimas eleições. O PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), recebeu R$ 167,4 milhões em 2020. Nas eleições de 2018, o partido elegeu 34 deputados.
No entanto, em 2022, o partido elegeu apenas 13. Do mesmo modo, o Novo e o Pros também terão suas participações reduzidas. Ambos os partidos elegeram 8 deputados em 2018 e apenas 3 em 2022.
A divisão ficou da seguinte forma:
1º: partidos como o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, PP, Republicanos, entre outros;
2º: partidos como o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de outras legendas como PSB e PDT;
3º: partidos considerados de centro ficam em situação intermediária. São os casos do MDB, o PSD, o PSDB e outros.