O futuro ministro do Desenvolvimento Social, senador eleito Wellington Dias (PT), fez uma visita de cortesia à governadora Regina Sousa, nesta sexta (23), no Palácio de Karnak e na oportunidade concedeu entrevista coletiva, onde pontuou os principais planos para o Ministério do Desenvolvimento Social, que chefiará a partir de 2023.
Wellington Dias disse que no Desenvolvimento Social vai trabalhar em sintonia com Regina Sousa que a partir de 2023 vai comandar a área social no Piauí. "Que haja esperança e um ano cheio de bons resultados", disse.
Na ocasião, ele agradeceu a Regina Sousa que está concluindo o mandato que começou junto com ele e ressaltou que a pasta do Desenvolvimento Social representa o coração do Governo Lula.
Segundo o novo ministro, o Brasil tem cerca de 215 milhões de pessoas e no cadastro único estão 90 milhões de pessoas que se encaixam dentro das carências de alguns direitos fundamentais, seja moradia.
Para Wellington, o primeiro desafio é tirar o Brasil do mapa da fome."Erradicar a fome é uma prioridade", diz, enfatizando que a missão é desafiadora, mas o presidente eleito já começou a trabalhar junto com a equipe e conseguiu, mesmo antes de assumir o Governo, abrir o orçamento e destacou a importância do Congresso Nacional em garantir os recursos para pagar o Bolsa Família de R$ 600,00 e ainda pagar R$ 150,00 por cada criança até 6 anos de idade.
Dias afirmou que o Brasil tem 700 mil crianças em situação de vulnerabilidade e declarou que o orçamento da forma como foi enviado pelo atual governo ao Congresso era inviável. "Para se ter ideia estavam previstos R$ 34 milhões para habitação no Brasil", explicou, afirmando que não havia recurso para obras e o país tem uma carteira de mais de 8 mil obras paralisadas.
"Conseguimos na política, numa situação delicada, inclusive, ajudando o atual governo a fechar o ano", declara. Wellington agradeceu a bancada piauiense e em especial ao senador Marcelo Castro, relator do orçamento, que foi primordial nessa missão.
Ele disse que nesses 60 dias não sabia que seria convidado para ser ministro e muito menos a definição da pasta. "Era uma decisão do presidente e me foi dada essa missão de cuidar dos mais pobres. É uma missão grande e sinto o peso da responsabilidade e estou determinado a cumprir a missão", acrescentou.
Outro caminho é trabalhar para garantir a dignidade da pessoa humana. "Cuidar dessas 90 milhões de pessoas, levar moradia para quem não tem, cuidar do ser humano de forma integral e cuidar da criança desde a gestação, da adolescência até a melhor idade", disse.
"O Desenvolvimento Social vai trabalhar integrado com todos os ministérios e vamos fazer isso com eficiência para evitar fraude", disse, garantindo a entrada de quem realmente precisa nos programas sociais e reafirmou estar cheio de coragem para trabalhar.
R$ 175 bilhões disponíveis para o Bolsa Família
O futuro ministro respondeu os jornalistas e disse que tem R$ 175 bilhões disponíveis apenas para o Bolsa Família e acrescido de mais R$ 150 para cada criança de até 6 anos.
Sobre o relatório da equipe de transição, ele apontou que foram 36 áreas que precisam de planejamento. Ele disse que nos últimos anos houve desintegração de alguns setores e destacou a necessidade de reconstruir o País e voltar a ter diálogo com governadores, prefeitos e a sociedade civil. "Isso exige grande capacidade de articulação ", disse.
Dias afirmou que qualquer governo de qualquer partido tem que trabalhar e vai ter uma equipe para ter presença forte nas 27 unidades da Federação. "O presidente quer focar na área social e na erradicação da fome, fazer voltar o Brasil a crescer", revelou.
Ele disse que determinação do presidente Lula é atender todos os municípios, agora integrado com todos os ministérios e fazer parcerias para cumprir a missão de tirar o Brasil do mapa da fome, garantir a dignidade da pessoa humana, cuidando de todas as etapas da vida desde a gestação até a melhor idade.
Wellington Dias disse ainda que as obras paradas serão retomadas e citou a Transnordestina, retomada da obra do porto, barragem da nova Algodões. "Vamos tocar obras andamento, retomar as paralisadas e o presidente Lula vai se reunir com governadores para definir prioridades", pontuou.