Confirmado pelo vice-presidente eleito, Michel Temer, para ser ministro da Previdência no governo Dilma Rousseff, o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), afirmou que a pasta não tem se mostrado capaz de resolver os problemas do setor, apesar de avanços na redução das filas e na resolução dos problemas de aposentadoria. "Esse é um grande desafio porque o Ministério não tem se revelado capaz de enfrentar o problema da Previdência", disse. "Mas o problema grave mesmo é o déficit da Previdência", afirmou. Embora já confirmado por Temer, Garibaldi ainda não recebeu o convite oficial da presidente eleita.
O futuro ministro admitiu fazer a reforma da Previdência, mas as diretrizes serão dadas pela presidente eleita, Dilma Rousseff. "A reforma da Previdência será uma decisão da presidente, mas com todo governo. Esse será um assunto de repercussão no governo todo", disse o senador.
Em almoço com o vice-presidente eleito, Dilma definiu que o PMDB ficará com cinco pastas: Previdência, Turismo, Agricultura, Minas e Energia e Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE). Os nomes de outros ministros da gestão devem ser anunciados ainda nesta semana.
Segundo auxiliares diretos de Dilma, os deputados Pedro Novais (PMDB-MA) já foi convidado e aceitou assumir o Ministério do Turismo. O atual ministro da Agricultura, Wagner Rossi, também foi chamado para continuar no cargo e respondeu positivamente. Fontes da legenda afirmaram que Temer levou a Dilma o nome de pelo menos outros quatro deputados: Lernado Quintão (PMDB-MG), Almeida Lima (PDMB-SE), Maninha Raupp (PMDB-RO) e Mendes Ribeiro (PMDB-RS).