Gasolina do futuro: como é o novo combustível que governo Lula propõe

Esses combustíveis já são produzidos em pequena escala, inclusive pela Petrobras.

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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou em setembro ao Congresso o Projeto de Lei do Combustível do Futuro, um pacote de iniciativas destinado a reduzir a dependência de combustíveis fósseis e a emissão de gases de efeito estufa. O projeto prevê um investimento de R$ 250 bilhões.

Dentre as propostas do projeto, cujas medidas estão em tramitação na Câmara dos Deputados, destaca-se a criação de um marco regulatório para os combustíveis sintéticos no Brasil. Esses combustíveis já são produzidos em pequena escala, inclusive pela Petrobras.  

Trata-se da gasolina ou do diesel fabricado sem petróleo, também conhecido como e-fuel. Além da Petrobras, essa gasolina é produzida por empresas como a Porsche e será usada para abastecer os carros da Fórmula 1.

Confira as vantagens da gasolina sem petróleo:

  • Sua produção utiliza como matéria-prima hidrogênio e dióxido de carbono - um dos maiores causadores do efeito estufa
  • Assim, encerraria a dependência do petróleo, recurso natural que inevitavelmente irá acabar e tende a ficar cada vez mais caro
  • Por ser líquido, o e-fuel pode aproveitar a infraestrutura atual de abastecimento
  • Além disso, pode ser fabricado na forma de diesel e não exige alterações nos motores que utilizam a versão fóssil desses combustíveis
  • Da mesma forma que a gasolina convencional, o combustível feito sem petróleo emite poluentes
  • Porém, ele traz a vantagem, como o etanol, de neutralizar na respectiva produção o carbono resultante de sua queima - ao retirar dióxido de carbono da atmosfera
  • Para a neutralização acontecer, a fabricação da gasolina sem petróleo precisa utilizar necessariamente fontes "limpas" e renováveis de energia, como hidrelétricas, eólicas e solares, explica o engenheiro Everton Lopes

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