O general da reserva Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), não comparecerá para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) para investigar os atos criminosos que ocorreram no último dia 8 de janeiro, quando prédios dos Três Poderes foram invadidos e depredados. A reunião estava marcada para esta quarta-feira, dia 19.
A informação foi confirmada pelo deputado Chico Vigilante (PT), presidente da "CPI dos Atos Antidemocráticos". Inicialmente, Heleno havia sido chamado para depor em 4 de maio, mas pediu para mudar a data alegando compromissos sociais. Agora, porém, ele informou que não comparecerá, seguindo a orientação de seus advogados.
O general da reserva é suspeito de omissão, conivência e até participação nos atos ocorridos em 8 de janeiro, quando bolsonaristas invadiram e depredaram os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), em uma tentativa de derrubar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e reverter o resultado das eleições. No entanto, Heleno nega qualquer envolvimento nos atos criminosos.