General Teóphilo depõe por 5 horas e responde todas as perguntas da PF

Depoimento do General Estevam Theóphilo Gaspar de Oliveira durou cerca de 5 horas.

General Estevam Teóphilo Gaspar de Oliveira | Arquivo - Alberto César Araújo/Aleam
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O General Estevam Teóphilo Gaspar de Oliveira compareceu à Polícia Federal (PF) em Fortaleza (CE) nesta sexta-feira (23) para um interrogatório que durou cerca de cinco horas. Segundo fontes próximas à investigação, o oficial respondeu às perguntas feitas, fornecendo esclarecimentos sobre alguns aspectos da investigação em curso. Ele foi o último dos investigados na operação Tempus Verititas a ser ouvido esta semana.

Um total de 24 indivíduos foram interrogados desde ontem até hoje. Todos os depoimentos, incluindo o do General Theóphilo, estão sob sigilo. Ele permaneceu na sede da PF no Ceará das 14h30 às 19h30, momento em que formalizou o término do seu depoimento.

A abordagem adotada pelo General Teóphilo difere daquela de outros militares de alto escalão do governo Jair Bolsonaro (PL), que optaram por manter-se em silêncio durante seus interrogatórios. Entre esses militares estão o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e o ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto.

De acordo com as investigações em curso, Theóphilo estava entre os oficiais de alta patente que supostamente estavam envolvidos em planos para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. Na época, ele ocupava o comando das Operações Terrestres (Coter) e, segundo a investigação da PF, teria sido encarregado de acionar os militares das Forças Especiais, conhecidos como "kids pretos", para garantir a execução do suposto golpe.

A missão desse grupo, segundo a investigação, seria prender o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), logo após a assinatura do decreto presidencial que instituiria o golpe. Colegas de Theóphilo, em conversa com a CNN sob anonimato, descreveram o que chamaram de "conspiração subterrânea", típica do estilo de atuação dos "kids pretos", que supostamente não era conhecida pelos integrantes do Alto Comando.

Os "kids pretos" são os militares formados pelo Curso de Operações Especiais do Exército Brasileiro, treinados para missões sigilosas em ambientes hostis e politicamente sensíveis.

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