Gleisi Hoffmann após absolvição:“Não se pode condenar por delação”

E acrescentou: “Não se pode condenar ninguém sem provas”.

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Nesta quinta-feira (21/06), a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), absolvida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da acusação de corrupção e lavagem de dinheiro em um dos processos da Operação Lava Jato, falou pela primeira vez sobre a decisão. Ao lado do ex-deputado federal Ângelo Vanhoni, ela respondeu perguntas dos jornalistas, em Curitiba. 

"Carreguei durante quatro anos o meu nome sendo agregado a adjetivos que me colocavam já como condenada ou com muita dúvida", disse a petista. "Não se pode condenar ninguém sem provas, não se pode condenar alguém por delação", acrescentou.  

Senadora citou 'indústria das delações' e explicou: "Foi um duro recado às indústrias das delações. As delações são importantes para que você possa levantar indícios sobre situações que vão ser investigadas. Mas elas jamais poderão substituir provas. Porque, senão, elas se transformarão em instrumento de utilização política ou pra salvar aqueles que fazem delações".

Gleisi Hoffmann foi absolvida por 5 votos a 0 pelos ministros da Segunda Turma do STF. "Desde o início das acusações contra mim, contra Paulo Bernardo e contra o Ernesto Rodrigues, eu já sabia que não poderia ser outra a decisão judicial final que não a minha absolvição". 

Na denúncia, a Procuradoria Geral da República afirmou que Gleisi e o marido, ex-ministro Paulo Bernardo, pediram e receberam R$ 1 milhão desviado da Petrobras para a campanha dela ao Senado, em 2010.

Ao julgar o caso, os ministros da Segunda Turma do STF consideraram não haver provas de que o casal recebeu propina em troca da manutenção de Paulo Roberto Costa como diretor de Abastecimento da Petrobras à época.

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