Governador de SP irrita bolsonaristas, mas ganha pontos com Centrão e Lula

Tarcísio ainda tentou persuadir Bolsonaro e bancada do PL, mas só recebeu insultos

A atitude foi vista com bons olhos pelo Centrão | Tomzé Fonseca
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), enfrentou críticas do movimento bolsonarista ao expressar seu apoio à reforma tributária. No entanto, sua postura impressionou os líderes do Centrão, em Brasília, assim como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A mudança de perspectiva na Câmara dos Deputados em relação à reforma tributária é atribuída à adesão dos governadores. Dentre todos os que se uniram à ideia, Tarcísio se destacou e até mesmo posou para fotos ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

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O governador também liderou a reunião que levou o partido Republicanos, com 41 deputados, a se posicionar a favor da proposta. Além disso, gravou um vídeo junto a toda a bancada da sigla, defendendo o texto que seria apresentado à Câmara.

Lula comemorou o apoio de Tarcísio durante uma conversa com membros da articulação política. O presidente chegou a considerar fazer um elogio público à postura do adversário, que considerou "madura" e "democrática".

Tarcísio deixou claro que enxerga o projeto como uma "reforma do Estado", e não apenas do governo. Com a inelegibilidade de Bolsonaro, o governador de São Paulo passou a ser visto como um provável candidato da oposição para as eleições presidenciais de 2026.

Um dos deputados do Centrão que lidera a oposição ao governo petista revelou que a postura de Tarcísio fez com que ele e outros parlamentares considerassem votar a favor da reforma.

"Sinto-me confortável sabendo que o possível candidato da oposição em 2026 defendeu publicamente o texto", disse o parlamentar, que preferiu não ter seu nome revelado.

Nesta quinta-feira (06), o governador paulista tentou convencer o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a bancada do Partido Liberal a apoiar a proposta e "não entregar para a esquerda a narrativa da reforma tributária". No entanto, recebeu apenas insultos de Bolsonaro e dos deputados presentes. O projeto foi aprovado com folga e se encaminha, agora, para o Senado Federal.

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