O novo governador do Distrito Federal, Rogério Rosso (PMDB), disse neste sábado depois de ser eleito que sua ligação com o ex-governador José Roberto Arruda (sem partido) não inviabiliza a sua escolha para o comando do DF. Arruda foi um dos articuladores da candidatura de Rosso, que derrotou outros três candidatos em primeiro turno nas eleições indiretas realizadas hoje pela Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Rosso é ex-presidente da Codeplan (Companhia de Desenvolvimento do Planalto Central) no governo Arruda, assim como foi administrador da cidade-satélite de Ceilândia no governo de Joaquim Roriz (PMDB).
"Não tenho problema em dizer que fui secretário do governo Roriz. Quero usar a nossa experiência nesses oito meses em que estaremos no governo de Brasília. Quando a gente trabalha em governos, a gente exerce funções técnicas", afirmou.
Na primeira entrevista depois de ser escolhido governador, Rosso disse que as eleições indiretas põem fim à discussão sobre a intervenção federal no DF. "Queremos mostrar que a intervenção não é necessária. Eu respeito o procurador Roberto Gurgel, mas não precisamos de intervenção", afirmou.
A PGR (Procuradoria Geral da República) defende a intervenção federal no DF por considerar que grande parte da Câmara Legislativa, que elegeu o novo governador, está envolvida nos escândalos de corrupção deflagrado pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal.
O novo governador disse que, entre suas prioridades, está acabar com cargos de confiança criados pelo governador interino Wilson Lima (PR) nos dois meses em que ocupou a função --depois que Arruda deixou o governo.