Na espera pela exoneração da presidência da Fundação Cultural do Piauí (Fundac), o suplente Francis Lopes (PRP) já se prepara para assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa do Piauí. Cercado de questionamentos sobre a permanência no cargo de deputado ou à volta ao Executivo, na função de secretário de Cultura, o futuro parlamentar revelou em entrevista ao Jornal Meio Norte na tarde de ontem que o governador Wellington Dias (PT) incumbiu a ele a decisão final. “Eu tive uma conversa com o governador ontem e isso nós vamos decidir até o final do mês, ele deixou na realidade nas minhas mãos, eu vou então assumir neste mês como deputado e vou analisar também”, afirmou.
De acordo com Lopes, a adaptação na função, tal como a conciliação com a carreira de músico será o ponto chave para a escolha. “Nesses três primeiros meses na Fundação foi muito corrido para mim, mas era uma coisa que a gente estava se estruturando ainda, e aqui como deputado vamos conciliar e ver onde dá para conciliar melhor, se é na Fundação ou como deputado”, relatou. O gestor ainda indicou que pode ser empossado nesta quinta (9), tendo em vista que entregou a nomeação da presidente interina da Fundac na última segunda, sobre um prazo determinado para ficar no Legislativo, ele foi enfático. “Vou experimentar esse mês aqui na Assembleia, ver como funciona, como as pessoas vão me receber, creio que terei um bom relacionamento aqui na Casa e de comum acordo com o Governo decidiremos o que será melhor para o Piauí. Na hora que o projeto for aprovado, acredito que terei que tomar essa decisão de imediato”, disse.
Apesar da indefinição, o futuro deputado deixou claro o compromisso com a cultura seja em qual poder for, indicando para a luta por recursos na capital federal já nesta sexta-feira (10). “Independente de que seja aqui na Assembleia ou na Secretaria, eu correrei atrás. Sexta agora estarei em Brasília e iremos atrás dos recursos, onde já estarei exonerado”, impôs.
DISPUTA – Sobre os rumores envolvendo a suposta ida do deputado Fábio Novo (PT) para a Secretaria de Cultura, caso sua criação seja aprovada, Francis Lopes desmentiu que haja este intuito. “Eu estive conversando com o governador e não tocamos no assunto, falamos de critérios e deixei claro pra ele que estou à disposição”, limitou.