Os governadores que cultuam alinhamento político liberalista, o mesmo que regrava o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), juntamente a potenciais candidatos presidenciais para as eleições de 2026, recusaram o convite para participar de um evento promovido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no qual seria lançado o novo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), um ambicioso programa de desenvolvimento de infraestrutura proposto pelo governo federal.
Embora os 27 chefes de Executivo estaduais e do Distrito Federal tenham sido convidados para o evento, figuras proeminentes da ala política de direita optaram por não se envolver, conforme relatado pela jornalista Fernanda Alves.
Entre os governadores que recusaram o convite, destacam-se personalidades como Tarcísio de Freitas (Republicanos), representando São Paulo; Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul; Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; e Ratinho Jr. (PSD), do Paraná. Por sua vez, Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, cuja presença era amplamente esperada, nem sequer oficializou sua participação na cerimônia.
O evento, projetado para reunir aproximadamente 800 convidados, é considerado um dos maiores já organizados pela equipe de Lula durante seu terceiro mandato. O relançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) tem como objetivo central a concretização de 2 mil projetos de infraestrutura, dos quais 300 seriam sugeridos pelos próprios governadores e 1,7 mil seriam conduzidos pelo governo federal.
Envio de representantes
Em resposta à recusa, alguns governadores, como Tarcísio de Freitas e Jorginho Mello, optaram por designar representantes em seus lugares. O vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth (PSD), assumirá a representação de Tarcísio, enquanto o secretário de Infraestrutura e Mobilidade, Jerry Comper, estará presente em nome de Santa Catarina. Quanto ao Paraná, o secretário-chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega, será o representante de Ratinho Jr. Entretanto, no caso de Eduardo Leite, a escolha de seu representante permaneceu não divulgada.
Apesar das expectativas do Palácio do Planalto em contar com a presença de 30 ministros e 23 governadores, alguns dos nomes inicialmente confirmados agora estarão ausentes. Eduardo Leite, por exemplo, anunciou sua não participação, assim como Romeu Zema, que ainda não formalizou sua presença. Zema esteve ocupado recentemente com compromissos no Sul de Minas, incluindo visitas a municípios como Alfenas, Carmo do Rio Claro e Poços de Caldas.
A possível participação do governador de Minas gera um clima de expectativa, pois isso poderia criar uma situação delicada em relação aos governadores do Nordeste. Este encontro marca o primeiro reencontro desses políticos após a polêmica entrevista concedida por Zema ao jornal "O Estado de S. Paulo", na qual ele fez uma comparação controversa entre a região Nordeste: "vaquinhas que produzem pouco".
Saiba mais em: Meionorte.com