O governo evita ceder um dos cargos de comando da CPI mista dos Cart?es Corporativos para impedir um racha na base aliada que ap?ia o presidente Luiz In?cio Lula da Silva. Voz isolada entre os aliados, o l?der do governo no Senado, Romero Juc? (PMDB-RR), ouviu do ministro Jos? M?cio Monteiro (Rela?es Institui?es) que as negocia?es est?o abertas, mas sem altera?es por ora.
"Como n?o h? unanimidade na base aliada, o Planalto resolveu n?o se envolver. O presidente est? fora do processo", disse Juc?, que esteve nesta quinta-feira e ontem no Planalto. "O ministro M?cio concorda, mas n?o d? para patrolar a base [aliada]."
Juc? disse lamentar o rumo das negocia?es em busca de um acordo com a oposi??o. Segundo ele, o ideal seria evitar as diverg?ncias antes da instaura??o da comiss?o. "N?o ? bom chegar l? [at? a instaura??o da CPI] j? com os ?nimos acirrados. Isso n?o contribui nem ajuda em nada", afirmou.
De acordo com o l?der, no momento s? h? duas alternativas: os resistentes a aceitar o comando compartilhado com a oposi??o cederem ou instaurar a CPI da forma como est? -com o PMDB na presid?ncia e o PT com a relatoria. "N?o ? ? for?a. ? na for?a do regimento", tentou justificar ele, informando que PT e PMDB t?m as duas maiores bancadas na C?mara e no Senado.
Paralelamente, o DEM e PSDB amea?am criar uma CPI exclusiva no Senado para investigar os cart?es corporativos. Mas Juc? afirmou que o governo n?o vai se pautar por essa possibilidade. "N?o vamos nos pautar por amea?a. As amea?as s? atrapalham", disse o senador.
Apesar de o requerimento propondo a cria??o da CPI ter sido lido hoje, as negocia?es para as indica?es dos integrantes e a instaura??o da comiss?o v?o se prolongar pelo fim de semana. "Isso tudo fica para a semana que vem", disse Juc?.