Prestigiada por diversos entes da sociedade civil, a audiência pública realizada na manhã de ontem (21) na Assembleia, com a presença dos deputados e policiais, convergiu para a ampliação do diálogo com o Governo do Estado, representado pelo secretário de Administração, Franzé Silva, no que se refere a resolução do impasse quanto a implantação da última parcela do reajuste aprovado pela Casa Legislativa.
Com a ameaça de greve na categoria, o executivo garantiu no debate o desenvolvimento de uma nova rodada de negociações, de modo que ambos consigam chegar a um denominador comum, visando impedir qualquer prejuízo aos piauienses.
"Se os reajustes foram aprovados da maneira prevista, o gasto com a folha de pessoal pode chegar a 56,55%", impôs o gestor, indicando que o índice levaria o Estado a descumprir o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Nessa condição, Silva estabeleceu que o Piauí perderia transferências de recursos, orquestrando em dificuldades nas ações da gestão. Com esse diagnóstico, o secretário quer manter o caminho do diálogo aberto, versando para a preocupação que o governador Wellington Dias (PT) nutre na questão.
"A situação do Estado é difícil e reconheço a necessidade da valorização da categoria, mas queremos evitar um retrocesso e atrasar o pagamento na folha de pessoal", indicou.
Na audiência, o administrador ainda esclareceu algumas dúvidas suscitadas, sugerindo que o Poder Legislativo aprovou projetos de lei na área financeira sem ter noção do real impacto que causaria nas contas.
Nisso, o deputado Evaldo Gomes (PTC), rechaçou que a culpa seja da Assembleia, indicando que os parlamentares querem ajudar o Governo a resolver a questão. Por fim, ele avaliou a experiência como positiva por abrir o canal de diálogo.