
O governo federal está em fase final de avaliação sobre a antecipação do pagamento do 13º salário para aposentados e pensionistas do INSS em 2025. Conforme revelado pelo secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, estão sendo considerados dois modelos de cronograma para os pagamentos: o adotado em 2024, com depósitos em abril e maio, ou o formato de 2023, com pagamentos em maio e junho.
Estamos analisando internamente qual seria o período mais adequado para essa antecipação. Uma decisão final deve ser tomada nos próximos dias.
Afirmou Ceron, destacando que a medida ainda não foi formalmente aprovada. A antecipação do benefício, que tradicionalmente ocorre no segundo semestre, depende da publicação de um decreto presidencial para ser implementada.
Caso confirmada, a medida beneficiará milhões de aposentados, pensionistas e segurados que recebem auxílio-doença, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão. O governo ainda não divulgou números oficiais sobre a quantidade de beneficiários ou o montante total que seria injetado na economia, mas fontes indicam que o processo já foi encaminhado ao Ministério da Fazenda para análise final.
autorização da medida
A expectativa é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assine o decreto autorizando a medida ainda no início de abril. Se mantido o padrão dos anos anteriores, os pagamentos seguirão o calendário habitual do INSS, com os beneficiários de até um salário mínimo recebendo a partir do dia 25 de cada mês, enquanto aqueles com valores superiores terão seus depósitos realizados nos primeiros cinco dias úteis.
A política de antecipação do 13º salário foi implementada em 2024 como medida de estímulo econômico, injetando cerca de R$ 70 bilhões na economia e beneficiando aproximadamente 35 milhões de pessoas. A renovação da medida em 2025 ocorre em um contexto político mais desafiador para o governo, que enfrenta queda nos índices de popularidade, mas mantém o compromisso de oferecer alívio financeiro à população mais vulnerável.
benefícios para o comércio
Especialistas destacam que a antecipação do benefício pode ter impacto significativo no comércio e nos setores que dependem do consumo das famílias, especialmente no primeiro semestre do ano. No entanto, alertam que a medida precisa ser cuidadosamente calibrada para não comprometer as contas públicas, já que representa um adiantamento de despesas que normalmente seriam realizadas apenas no segundo semestre.