Em publicação no Diário Oficial do Estado, a governadora Regina Sousa (PT) criou um Conselho de Justificação para julgar se o Coronel Diego Gomes Melo, ex-candidato nas eleições deste ano, pode permanecer no quadro de oficiais da Polícia Militar do Piauí. O decreto sinaliza que ele irá responder por uma série de condutas consideradas 'transgressões'.
Entre as acusações elencadas para a abertura do Conselho, destacam-se: seis postagens em redes sociais, nas quais o militar teria propagado fake news sobre a condução do Governo do Piauí no ápice da pandemia de Covid-19, além de ter supostamente feito acusações contra o ex-governador Wellington Dias (PT).
Também são apontadas condutas consideradas vedadas por oficiais, como ter sido presidente de um partido, no caso o PL. Além disso, o documento sinaliza que ele teria usado do seu cargo para minimizar os impactos da pandemia e por transgressões disciplinares em entrevistas, incluindo "ofensas ao ex-secretário de segurança pública", em 2019, quando o cargo era ocupado pelo atual deputado federal Fábio Abreu.
Cabe indicar que o grupo terá o prazo de 30 dias para julgar as denúncias, prorrogáveis por mais 30 dias, e será formado por três coronéis da PM: o coronel Nelson Feitosa, presidente do conselho; o coronel Antoni Soares, relator, e o coronel Marcos Rogério de Sousa, escrivão.
O Coronel Diego Melo foi às suas redes sociais se manifestar sobre as acusações, alegando que estaria sofrendo perseguição política.
"Sobre o Conselho de Justificação publicado no Diário Oficial do dia 15.12.22 - recebo com pesar esse ato de perseguição política e me defenderei nos autos, com a consciência tranquila de que nos meus 25 anos de Oficial da PMPI sempre honrei a farda e a minha Família Militar", frisou.