Governo Dilma tem avaliação positiva de 56,6%, mostra CNT

Esta é a primeira pesquisa de opinião divulgada pela CNT desde agosto do ano passado.

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A avaliação positiva do governo da presidente Dilma Rousseff chegou a 56,6 por cento em julho, impulsionada principalmente pela confiança das pessoas na economia brasileira, mostrou pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgada nesta sexta-feira.

Apesar dos efeitos da crise internacional no desempenho da economia brasileira, os entrevistados demonstram otimismo em relação à geração de emprego, o aumento da renda e do poder de compra.

"A sociedade não está preocupada com o cenário internacional e com as notícias de crise. Aliado a isso, tem a percepção de que a presidente está administrando bem o país", afirmou o presidente da CNT, senador Clésio Andrade (PMDB-MG) ao divulgar a pesquisa.

Esta é a primeira pesquisa de opinião divulgada pela CNT desde agosto do ano passado, quando a entidade deixou de divulgar levantamento realizado em parceria com o instituto de pesquisa Sensus. Em agosto do ano passado, a avaliação positiva do governo Dilma estava 49,2 por cento.

A pesquisa também mostrou que para 35,5 por cento dos entrevistados, o desempenho do governo é regular, ante 37,1 por cento em agosto do ano passado, e negativa para 7 por cento, contra 9,3 por cento no levantamento anterior.

Clésio Andrade acredita que a tendência é que a avaliação positiva da presidente continue crescendo nos próximos meses, embalada pelo baixo índice de desemprego e a confianças dos consumidores.

O levantamento também apontou que a aprovação pessoal de Dilma está em 75,7 por cento, contra 70,2 por cento em agosto de 2011.

Para 49,1 por cento dos entrevistados o poder de compra está num patamar ótimo ou bom e para 52,8 por cento das pessoas essa capacidade de consumo vai aumentar até o final do ano. Outros 38 por cento acreditam que manterão o atual poder de compra.

Enquanto 38,4 por cento dos entrevistados disseram que deixaram de comprar por estarem preocupados com a crise internacional, 60,8 por cento afirmaram que os problemas externos não os impediram de consumir.

Segundo o levantamento, 53,7 por cento dos entrevistados consideram que a economia vai crescer até o final do ano, e 35,5 por cento preveem estagnação.

O governo vem ajustando suas expectativas para a variação do Produto Interno Bruto (PIB)ao longo do ano. A estimativa otimista do começo do ano prevendo um crescimento de 4,5 por cento em 2012 foi revisada para 3 por cento. O mercado, no entanto, está apostando em um crescimento ainda menor, de 1,9 por cento.

Na avaliação do presidente da CNT, o povo não está preocupado com os "pontos negativos" do país como os gargalos de infraestrutura. Colabora ainda para a boa avaliação da presidente a imagem que ela estabeleceu em 2011 de "combater a corrupção", disse o senador em referência às seguidas trocas de ministros do governo após denúncias de desvios no ano passado.

A pesquisa revela ainda que 15,9 por cento das pessoas consideram o governo Dilma melhor do que o governo do seu antecessor e tutor político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esse percentual era de 11,5 por cento em agosto de 2011.

Outros 34,6 por cento dizem que Dilma está pior que Lula no governo e 48,2 por cento dizem que o governo anterior era melhor que o atual.

CENÁRIO ELEITORAL

Andrade diz que essa forte aprovação da presidente torna o cenário eleitoral muito difícil para candidatos que estejam dispostos a enfrentar uma eventual candidatura de Dilma em 2014.

A pesquisa simulou como seria a disputa nas próximas eleições presidenciais colocando como concorrentes o ex-presidente Lula ou a presidente Dilma contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).

Num cenário em que Lula enfrentaria Neves e Campos, o petista teria 69,8 por cento das intenções de voto. O tucano chegaria a 11,9 por cento e Campos, 3,2 por cento.

Se Dilma fosse candidata à reeleição, ela venceria com 59 por cento das intenções de voto, contra 14,8 por cento de Aécio Neves e 6,5 por cento de Campos.

Andrade disse que a CNT fez o levantamento precocemente para analisar o peso eleitoral da oposição no país.

A pesquisa entrevistou 2 mil pessoas em 134 municípios de 20 unidades da Federação entre os dias 18 e 22 de julho. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais.

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