Governo discute resgate de brasileiros após tensão aumentar no Líbano

Aeroportos do Líbano ainda estão abertos; a própria população local lota estrada para fugir do conflito.

Líbano | FOTO: Reprodução
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O governo brasileiro acompanha com atenção a escalada no conflito entre  Israel e o grupo extremista libanês Hezbollah. Segundo diplomatas, o Palácio do Planalto e o Itamaraty estudam a possibilidade de um resgate dos brasileiros que estão no Líbano.

Depois de uma manhã de bombardeios no país e alertas de evacuação recebidos por telefone e mensagens de texto, libaneses estão correndo para buscar áreas seguras. Israel bombardeia alvos em muitas partes do Líbano, atingindo militantes do alto escalão do Hezbollah em Beirute e, segundo acusações inimigas, escondendo bombas em pagers e walkie-talkies.

Por outro lado o Hezbollah dispara foguetes e drones para o norte de Israel, incendiando prédios e carros.

O Ministério das Relações Exteriores está em consultas com a comunidade brasileira no Líbano. Até o momento, a Embaixada do Brasil no país orienta que os brasileiros deixem a região.

O governo brasileiro, durante o primeiro mandato do presidente Lula, já realizou uma operação de resgate no Líbano em 2006. Na ocasião, o país também havia sofrido ataques de Israel. O Itamaraty, na época, organizou resgates de mais de 800 brasileiros, pelo Líbano e pela Síria.

O Itamaraty estuda a situação com o novo cenário de segurança na região, e avalia o cenário como complexo. “Caso seja necessário, saberemos adaptar a operação a essas circunstâncias mais difíceis de hoje em dia”, avaliou um diplomata envolvido nas conversas, ainda em estágio de preparo. “É cedo para dizer se precisaremos agir, mas temos de estar preparados”, completou.

No fim do ano passado, mais de 1.500 brasileiros foram repatriados da zona de conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, especialmente quem estava na Faixa de Gaza. Foram 11 voos coordenados pelo governo brasileiros.

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