Governo envia PEC do corte de gastos ao Congresso, com restrições aos supersalários

Texto inclui na Constituição uma proibição para o pagamento dos supersalários de servidores.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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Na noite desta segunda-feira (2), o governo enviou ao Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com novas regras para o abono salarial e outras medidas de corte de gastos. Contudo, o projeto de lei que trata da reforma da previdência dos militares enfrentou obstáculos.

A mensagem de envio foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União no final da noite. Na última quinta-feira (28), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou detalhes das medidas de contenção de despesas federais, visando equilibrar gastos e arrecadação.

O QUE PREVÊ A PROPOSTA?

A proposta prevê uma economia de R$ 327 bilhões entre 2025 e 2030, com R$ 70 bilhões alcançados nos primeiros dois anos. Parte do pacote de ajuste fiscal, a medida altera a Constituição e exige aprovação por dois terços dos votos na Câmara e no Senado.

Entre as medidas estão mudanças no abono salarial, que passará a ser gradualmente limitado a quem ganha até 1,5 salário mínimo, alterações no Fundo Constitucional do Distrito Federal e a prorrogação da desvinculação de receitas da União até 2032.

PROIBIÇÃO DE SUPERSALÁRIOS

O texto propõe incluir na Constituição a proibição de supersalários no funcionalismo, mas detalhes serão definidos em lei complementar. Já o projeto sobre a aposentadoria dos militares deve ser enviado ao Congresso nesta terça (3). O governo avalia a proposta dos comandantes das Forças Armadas, que pedem uma transição mais longa para a idade mínima de 55 anos. 

O Congresso dispõe de apenas três semanas de trabalho antes do recesso para votar essas e outras medidas importantes, como a conclusão da reforma tributária e a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

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