O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou que o governo federal está vigilante e preparado para ações necessárias diante dos riscos de desabamento em Maceió, Alagoas. A Prefeitura de Maceió decretou situação de emergência devido ao iminente colapso de uma mina da Braskem.
Alckmin informou que os ministros Wellington Dias, do Desenvolvimento Social, e Renan Filho, dos Transportes, foram enviados à capital alagoana para monitorar a situação. Representantes da Defesa Civil e do Serviço Geológico também estão presentes.
O governo de Alagoas relatou cinco abalos sísmicos na região da mina em novembro, alertando que um eventual desabamento pode resultar em grandes crateras. O coordenador-geral da Defesa Civil do Estado, coronel Moisés Melo, destacou que a ruptura pode afetar outras minas, provocando tremores em toda a capital.
O governador Paulo Dantas anunciou que equipes da Defesa Civil Nacional e do Sistema Geológico Brasileiro chegaram para avaliar a situação. Ele solicitou uma audiência com a Presidência da República para discutir o assunto.
A Defesa Civil municipal informou que a área está desocupada, recomendando precaução à população e embarcações. A Braskem afirmou que o sistema de monitoramento detectou microssismos e movimentações atípicas, adotando medidas preventivas.
As minas da Braskem em Maceió, originadas pela extração de sal-gema ao longo de décadas, estavam sendo fechadas desde 2019 devido ao afundamento do solo. O caso ficou conhecido após tremores em 2018, resultando em danos estruturais e interdição de bairros. Em julho, a prefeitura fechou um acordo de R$ 1,7 bilhão com a empresa devido ao afundamento, destinando os recursos a obras estruturantes e ao Fundo de Amparo aos Moradores (FAM).