Governo inicia concessão de microcrédito a famílias inscritas no CadÚnico

O público-alvo do programa são famílias atuando na informalidade, especialmente aquelas chefiadas por mulheres, além de pequenos produtores rurais.

Avalie a matéria:
Ministro Wellington Dias com o presidente Lula | Ricardo Stuckert

O governo do Presidente Lula (PT) iniciou nesta quinta-feira (4) a operação da linha de microcrédito destinada a famílias de baixa renda inscritas no Cadastro Único de benefícios sociais. Anunciada em abril dentro do programa Acredita, a medida visa impulsionar o crédito e fomentar o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), uma das prioridades da gestão.

Crédito

Uma primeira parcela de R$ 500 milhões foi alocada no  Fundo Garantidor de Operações (FGO) para garantir as operações em caso de inadimplência. Segundo o secretário de Inclusão Socioeconômica do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Luiz Carlos Everton, esse valor pode alavancar até R$ 2,5 bilhões em crédito, considerando um cenário conservador com inadimplência de 20%. Historicamente, a inadimplência do microcrédito tem variado entre 6,4% e 8,5%, o que poderia permitir um valor alavancado de até R$ 6 bilhões.

Beneficiados

O público-alvo do programa são famílias atuando na informalidade, especialmente aquelas chefiadas por mulheres, além de pequenos produtores rurais. O objetivo é oferecer crédito com taxas de juros mais baixas comparadas às linhas tradicionais como cartão de crédito e cheque especial. A ideia é criar uma alternativa viável e menos onerosa para esses grupos.

Meta

O governo planeja, no próximo ano, uma segunda parcela de R$ 500 milhões para reforçar o FGO. Adicionalmente, uma doação de 20 milhões de euros do banco de desenvolvimento alemão KfW está prevista para auxiliar o fundo garantidor. A expectativa é que R$ 1 bilhão em garantias possa alavancar até R$ 12 bilhões em crédito nas instituições financeiras, beneficiando aproximadamente 1,2 milhão de pessoas.

O que diz o ministro

"Para o desenvolvimento econômico seguro, é necessário tirar pessoas da pobreza e ampliar a classe média", diz o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias. Segundo ele, o CadÚnico tem hoje 4,6 milhões de inscritos que já têm CNPJ, além de outros 19 milhões que empreendem na informalidade. 

"O programa Acredita chega com fundo garantidor para resolver a trava da falta do avalista ou de bens como garantia. Vamos apoiar com crédito com juros e prazos adequados", afirma.

Qualificação

Além da concessão de crédito, o programa Acredita inclui capacitação e qualificação profissional para permitir que as famílias encontrem uma saída dos programas assistenciais. A concessão de financiamento será acompanhada por um estruturador de negócios, que auxiliará na elaboração de um plano de negócios e na construção de soluções adequadas para cada empreendimento.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Veja Também
Tópicos
SEÇÕES