O governo publicou nesta sexta-feira (17) no "Diário Oficial da União" a exoneração do ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves. Ele pediu para deixar o cargo nesta quinta. Alves foi citado na delação premiada de um dos delatores da Lava Jato, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que afirmou ter ter repassado ao ex-ministro R$ 1,55 milhão em propina entre 2008 e 2014.
Temer se reuniu na noite desta quarta-feira (15) com o ministro do Turismo, dia em que foi tornado público o conteúdo da delação de Machado. Na tarde desta quinta, Henrique Alves telefonou para o presidente em exercício para comunicar sua decisão de deixar o comando do Ministério do Turismo. Mais tarde, ele enviou uma carta na qual formalizou o pedido de demissão.
No documento encaminhado a Temer, o ex-ministro afirmou "que o momento nacional exige atitudes em prol do bem maior".
"O PMDB, meu partido há 46 anos, foi chamado a tirar o Brasil de uma crise profunda. Não quero criar constrangimentos ou qualquer dificuldade para o governo, nas suas próprias palavras, de salvação nacional. Assim, com esta carta entrego o honroso cargo de Ministro do Turismo", escreveu.
Alves é o terceiro ministro a deixar o governo em pouco mais de um mês da gestão de Temer. Os outros dois, Romero Jucá (Planejamento) e Fabiano Silveira (Transparência), saíram do ministério depois que vieram a público gravações feitas por Machado de conversas das quais eles participaram. Os dois ex-ministros apareciam nos áudios criticando a Operação Lava Jato.