Contemplando as pautas debatidas durante o Seminário “Federalismo, Desenvolvimento e Planejamento Regional”; o Piauí apresentou no final da tarde de ontem o Plano de Desenvolvimento Sustentável (PDES) concretizando as ideias e ações defendidas pelas autoridades das mais distintas esferas no evento. As políticas abarcadas pela proposição explanada pelo presidente da Cepro, César Fortes, contemplam medidas integradas entre os Estados da região Nordeste, de modo que as deficiências e potencialidades de cada ente seja trabalhada, fugindo da iminente guerra fiscal.
A finalização do PDES foi solicitação do governador Wellington Dias (PT), visando a inclusão da matéria no Plano Plurianual (PPA) que está sendo montado e deverá ser sacramentado nos próximos meses. “Essa ação deverá ser a base maior da integração do Piauí no projeto de desenvolvimento regional, apresentando as principais potencialidades em diversas áreas, o que pode ensejar em um grande processo de desenvolvimento, com o Estado estando preparado para elencar os investimentos mais prioritários”, disse o Secretário de Planejamento, Antônio Neto.
Segundo o gestor, no momento, as iniciativas são isoladas e os Estados da região não trabalham em conjunto, nisto, a implantação das diretrizes versará para a junção com as perspectivas dos demais representantes federativos. “Estamos nos preparando para agir de forma mais articulada, o Piauí do ponto de vista do crescimento sustentável tem um papel muito importante por sua riqueza de recursos hídricos, por possuir o maior lençol freático da região, então essa questão será tratada de maneira gerenciada”, viabilizou.
Nessa nova dinâmica, o Piauí não será coadjuvante, assumirá o protagonismo das iniciativas, impondo estratégias eficazes e responsáveis, explorando o potencial das energias renováveis, tal como do agronegócio e do turismo. “Temos um potencial gigante, não podemos fazer um crescimento sem coordenação, as políticas regionais precisam ser feitas, hoje a guerra fiscal traz mais prejuízos do que benefícios, vamos partir para outro projeto, onde cada Estado tem o seu papel, precisamos de clareza, não podemos esperar. O PPA já tem que agregar essas ações, avaliar tudo isso, de forma que possa formar um conjunto de ações articuladas engatando o Piauí num novo processo de desenvolvimento”, complementou.