Governo quer investimento bilionário para recuperar terras degradadas

Iniciativa do Ministério da Agricultura e BNDES quer atrair aproximadamente US$ 120 bilhões em investimentos.

Aproximadamente US$ 120 bilhões são esperados para destinar a projetos de recuperação de terras degradadas no país | AFP/Arquivos Istoé Independente
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, informou que o Ministério da Agricultura e o BNDES estão trabalhando juntos para atrair aproximadamente US$ 120 bilhões em investimentos para projetos de recuperação de terras degradadas no Brasil.

Essa iniciativa faz parte do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, conhecido como Conselhão, que também discutirá a melhor forma de utilizar esses recursos para aumentar a área produtiva e reflorestada no país, sem prejudicar a floresta.

“O Ministério da Agricultura e o BNDES estão fazendo esses contatos internacionais. Acreditamos que a Cúpula da Amazônia vai ajudar a trazer ainda mais esses recursos e nesse grupo de trabalho vamos discutir como melhor utilizar esses recursos, como aumentar a área produtiva e reflorestada no país sem destruir a floresta”, disse.

Padilha destacou que a proteção das florestas tropicais, principalmente da Amazônia, é crucial para combater as mudanças climáticas globais. Ele defende que as economias desenvolvidas devem assumir a responsabilidade de financiar a proteção da Amazônia e de outros biomas semelhantes no mundo. O grupo de trabalho sobre recuperação de terras degradadas do Conselhão foi estabelecido no encontro em Belém e apresentará propostas concretas para o tema no país em até 60 dias.

“A proteção das florestas tropicais é decisiva para frearmos a velocidade das mudanças climáticas no mundo. Os maiores responsáveis por financiar as ações que vamos apresentar aqui têm que ser as economias desenvolvidas. Então, está acontecendo uma cobrança para que as economias mais ricas e o mundo privado mais rico financiem essas ações”, disse.

Durante o encontro, os ministérios do Desenvolvimento Social, do Desenvolvimento Agrário, de Cidades e do Meio Ambiente assinaram um acordo para relançar o Bolsa Verde, que visa ajudar famílias que vivem em áreas de reserva extrativista e comunidades tradicionais da Amazônia.

O programa, que foi extinto em 2016, oferecerá um auxílio de R$ 600 a cada 3 meses para cerca de 30.000 famílias em situação de fragilidade nessas regiões, de forma semelhante ao Bolsa Família. O objetivo é incentivar a preservação da floresta e a regeneração de áreas degradadas. A Cúpula da Amazônia, que acontecerá em breve, busca colocar o Brasil novamente no diálogo mundial sobre questões ambientais e evidencia a floresta como um ativo importante para o desenvolvimento econômico e social do país.

Carregue mais
Veja Também
Tópicos
SEÇÕES