O Escritório Técnico de Estudos Econômicos (Etene), vinculado ao Banco do Nordeste, divulgou na última segunda-feira, 29 de abril, um novo levantamento sobre o Grau de Endividamento dos Estados (GRE). Os dados consolidados de 2018 apontam uma nova queda no índice no Piauí, de 0,41 (em 2017) para 0,39 no ano passado. O resultado é 68% menor do que a média nacional, onde o GRE ficou em 1,22; crescendo 0,04 na comparação com 2017, ou seja, os Estados brasileiros em geral ficaram mais endividados no ano passado; o Piauí registrou um movimento contrário.
De acordo com o Etene, a variação no grau de endividamento nacional foi puxada pelo aumento do GRE no Sul (para 1,22, o segundo maior entre as regiões brasileiras). No Sul, a DCL cresceu 17,5% em termos reais, enquanto a RCL cresceu apenas 2,0%. O GRE no Sudeste (1,88) também incrementou no período, sendo este indicador o mais alto entre as regiões do País.
Por outro lado, o GRE do Norte (0,26, o menor entre as regiões) e o do Centro-Oeste (0,60, o terceiro menor em termos regionais) diminuíram em 2018. Especificamente no Nordeste, verificou-se aumento de 6,8% em seu nível de endividamento, para 0,54 em 2018 ante 0,51 em 2017. O GRE nordestino permanece sendo o segundo menor entre as regiões do País. A dívida saltou para R$ 70,7 bilhões em 2018 ante R$ 62,2 bilhões em 2017, significando variação real de +9,8% nesse período. A receita, por sua vez, aumentou para R$ 130,3 bilhões em 2018, em contraste com R$ 122,3 bilhões em 2017, representando aumento real de 2,8%.
Quanto às Unidades Federativas pertencentes à área de atuação do Banco do Nordeste, um total de seis apresentaram aumentos reais em suas respectivas dívidas: Ceará (+29,8%), Maranhão (+27,0%), Espírito Santo (+17,3%), Bahia (+14,7%), Paraíba (+13,8%) e Pernambuco (+3,5%). Sergipe obteve a redução mais expressiva (-17,9%), seguido por Alagoas (-6,1%), Piauí (-0,5%) e Minas Gerais (-0,1).
Até o presente, os dados do Rio Grande do Norte não foram divulgados.Com exceção de Minas Gerais (-1,5%), os demais Estados pertencentes à área de atuação do BNB registraram aumento real de receita no período em análise. Os mais expressivos incrementos ocorreram no Espírito Santo (+7,3%), Alagoas (+4,6%), Ceará (+4,1%), Piauí (+4,0%), seguidos por Pernambuco (+3,7%), Sergipe (+3,3%), Bahia (+3,0%), Maranhão (+2,5%) e Paraíba (+1,4%). Os dados do Rio Grande do Norte não foram disponibilizados.