A greve de professores nas universidades federais, prestes a completar dois meses, está perto do fim. O anúncio de investimento nas instituições feito pelo governo na manhã de segunda-feira (10), juntamente com a pressão do presidente Lula (PT) pela volta às aulas, movimentaram os servidores.
O comportamento firme do petista gerou incômodo no Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), mas o acréscimo de R$ 5,5 bilhões no orçamento dos centros de ensino foi visto como uma vitória dos grevistas e deve encerrar a paralisação.
desfecho considerado certo pelo governo
É esperado um novo encontro entre representantes do sindicato e do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos ainda nesta semana para finalizar a greve, desfecho considerado certo pelo governo. No entanto, a demanda dos docentes por reajuste salarial ainda em 2024 não será atendida. A ministra da Gestão, Esther Dweck, afirmou que o orçamento chegou ao seu limite. O Andes reivindica aumentos escalonados até 2026, enquanto Brasília oferece reajustes menores e em diferentes datas.
Lançamento do PAC para universidades e hospitais universitários
Em resposta às cobranças, o governo lançou um Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para universidades federais e hospitais universitários, prevendo R$ 5,5 bilhões em investimentos. O ministro da Educação, Camilo Santana, também anunciou um acréscimo de R$ 400 milhões para o custeio das instituições federais, elevando o orçamento de 2024 para R$ 6,38 bilhões, superando os R$ 6,26 bilhões de 2023.
construção de dez novos campi
Além de beneficiar as instituições já existentes, o novo programa prevê a construção de dez novos campi em diversas regiões do país. Apesar dos aumentos orçamentários, a presidente da Andifes e reitora da UnB, Márcia Abrahão, cobrou uma solução para a questão salarial dos servidores das universidades, destacando a importância de melhorar as remunerações para enfrentar os desafios do país.
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