Grupo organiza plebiscito informal para separar o Sul do Brasil

A meta é alcançar 1 milhão de pessoas

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A gaúcha Anidria Rocha, 46, administra 20 grupos de Whatsapp e acompanha centenas de outros. O requisito para fazer parte é simpatizar com a causa "O Sul é Meu País", que deseja separar Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul do Brasil.

Moradora de São Jerônimo (a 70 km de Porto Alegre), a empresária lidera o movimento que organiza um plebiscito informal marcado para outubro, com 4.000 "urnas" nos três Estados.

A votação ocorrerá no dia 2 de outubro, simultaneamente às eleições municipais, das 8h às 17h. As urnas estarão a pelo menos cem metros dos colégios eleitorais.

A cédula fará a pergunta: "Você quer que o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul formem um país independente?".

A meta é alcançar 1 milhão de pessoas, o equivalente a 5% dos eleitores do Sul. Voluntários irão bancar custos de urnas e cédulas.

Segundo o promotor gaúcho Rodrigo Zilio, do gabinete eleitoral, a votação não tem legalidade, mas é permitida. Para ter algum valor, o plebiscito deveria seguir a lei 9.709, o que exigiria que fosse aprovado pelo Congresso e sob regulação da Justiça Eleitoral.

'XENOFOBIA'

O historiador Tau Golin, da UPF (Universidade de Passo Fundo), define o ato como xenófobo. É um movimento antibrasileiro que mostra a dificuldade certos grupos têm de se integrar à nação.

Os separatistas, diz, não admitem a ideia de pluralidade e consideram descendentes de italianos e alemães, comuns no Sul, como especiais ou raça superior.

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