Nesta quarta-feira (20), a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) vai denunciar o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).
A instituição, que reúne 308 organizações pró-LGBT, quer reforçar à comunidade internacional que o membro do PMDB é sinônimo de perigo para os direitos humanos no Brasil.
Com temer e Cunha assumindo, os direitos dos LGBT brasileiros estarão sob grande perigo, pois o presidente da Câmara, hoje, é o terceiro na linha sucessória para a presidência do Brasil.
Em entrevista, Carlos Magno Fonseca, presidente da ABGLT, explicou o propósito urgente da denúncia.
"A gente precisa dizer para o movimento internacional o que está acontecendo no País", disse. "Quem está na presidência da Câmara dos Deputados não tem a mínima condição ética e de direitos humanos para ser protegido por um organismo internacional."
Fonseca refere-se a um dos episódios de ousadia de Cunha, em fevereiro deste ano, quando o réu na Lava Jato disse estudar um pedido de proteção à Corte Europeia de Direitos Humanos por estar sendo "perseguido" no Brasil.
"A gente resolveu fazer um dossiê e divulgar para organizações internacionais, para dizer quem é Eduardo Cunha: uma pessoa super envolvida com corrupção, que tem uma trajetória de apresentar projetos como o do 'Dia do Orgulho Hetero' e tem atuado por meio de manobras e coação aos movimentos de direitos humanos", disse Fonseca.