Investigado uso de máquinas de cartões e Pix por bandidos para vender droga

A polícia buscará confirmar se a transferência realmente ocorreu e qual conta bancária foi utilizada para esse fim.

Droga embalada por traficantes para comercializaçaõ | Reprodução
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A Polícia Civil está investigando informações que indicam que traficantes de duas facções criminosas rivais e uma quadrilha de milicianos estão utilizando máquinas de cartões ou transferências eletrônicas via PIX para realizar a venda de drogas e cobrar extorsões

Em um vídeo divulgado em seu canal do YouTube, no dia 26, o influenciador grego Timmy Karter mostrou sua estadia de um dia e uma noite no Complexo do Chapadão, localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro. Nas imagens, é possível ver uma bancada com a venda de pinos de cocaína, maconha e lança-perfume, além de uma máquina de cartões. Não são mostrados os rostos dos criminosos responsáveis pelo comércio ilegal.

O Complexo do Chapadão é controlado pela maior facção criminosa do Rio de Janeiro, porém, não é apenas essa quadrilha que utiliza cartões em suas atividades ilícitas. Informações recebidas pela polícia indicam que a quadrilha liderada por Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, que controla o tráfico nas regiões da Cidade Alta, Parada de Lucas e Vigário Geral, também estaria utilizando maquininhas para a venda de cocaína e maconha. 

De acordo com a denúncia em análise pelos investigadores, essa prática vem ocorrendo desde o final de 2022. Peixão, um dos criminosos mais procurados do Rio de Janeiro, faz parte de uma facção rival àquela que controla o comércio de drogas no Complexo do Chapadão.

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A Polícia Civil já encontrou evidências de que a milícia liderada por Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, utilizava transferências eletrônicas via PIX para receber pagamentos de extorsões. A indicação do uso desse método de pagamento para aumentar os lucros dos milicianos consta em uma contabilidade apreendida com um membro da milícia, que foi preso em 29 de março em Itaguaí por uma equipe da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO-IE).

Em um trecho do documento, que está sendo analisado pelos investigadores, estão registrados dois valores (R$ 400 e R$ 500) ao lado da palavra "PIX" e dos nomes dos supostos pagadores, que seriam comerciantes da cidade. O criminoso estaria ligado a Zinho, que é acusado de chefiar uma milícia na Zona Oeste e parte da Baixada Fluminense. A polícia buscará confirmar se a transferência realmente ocorreu e qual conta bancária foi utilizada para esse fim.

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