O deputado estadual João de Deus (PT) apresentou dois requerimentos que tratam sobre transporte público em Teresina na Assembleia Legislativa. Em um deles, ele quer uma audiência pública para obter explicações do Setut, da Strans, do Sintetro porque até hoje a população não dispõe de ônibus.
A Strans comunicou que a partir de segunda-feira, 7, haverá um aumento de 40% da frota. Outro ponto questionado pelo deputado é que na ausência de ônibus não faz sentido receber crédito no cartão magnético. "O melhor é receber dinheiro para pagar uma outra alternativa de transporte".
O deputado diz que o problema no transporte público se agravou tanto em Teresina que chegou o momento de falta total. "Numa cidade do porte de Teresina, em que a grande maioria da população precisa do transporte coletivo", diz, enfatizando que o problema vem se agravando.
O deputado diz que esse problema já era para ter sido solucionado e a Assembleia não pode fugir dessa responsabilidade. "Somos cobrados e apresentamos o requerimento e vamos combinar a data", diz.
No requerimento, foi convidado o gestor da Secretaria Municipal de Transporte (Strans), que anunciou o aumento de 40% na frota a partir de segunda, dia 7 de fevereiro. O deputado disse que convidou o Setut e o sindicato dos motoristas e também representantes de outras classes, como estudantes e também o Ministério Público.
"Vamos partir das informações que temos para que possamos avançar na busca de soluções, por que não avançou", explica o deputado, que está tomando a iniciativa agora por acreditar que esse problema seria resolvido sem a interferência da Assembleia da Legislativa.
O deputado disse que há todo um conjunto que prejudica e encarece o sistema de transporte no geral, como o aumento dos combustíveis, o preço dos insumos e equipamentos, dentre outros fatores.
O deputado propõe que órgãos públicos, em vez de colocar o crédito nos cartões magnéticos, o servidor receba o dinheiro. "Como não tem ônibus, o crédito fica retido. Então fiz a proposição ao Governo do Estado para que transforme esse recurso em auxílio transporte no contracheque do servidor", afirma, pois o servidor tem que trabalhar. Para o deputado, com essa proposição, o estado não tem nenhuma despesa a mais.